sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Imaginemos...

“A imaginação é algo poderoso. Pode tingir memórias passadas, ensombrar o presente ou pintar o futuro de forma tão vivida que condiciona o modo como hoje nos comportamos.”

Estas palavras não foram proferidas por nenhum cientista, por nenhum filósofo, nem por nenhum político.

Estas frases foram proferidas por Jim Davis, através da sua criação Garfield, aquele gato anafado com uma visão muito particular sobre o mundo que o rodeia e, que eu tive a sorte de ler, porque recebi o livro como prenda de Natal das minhas filhas.

Sim, a imaginação é algo muito poderoso e, quando aplicado de forma positiva, vem associado à palavra sonhar.

Curiosamente, ou talvez não, associei esta frase à notícia da comemoração das tréguas no dia de Natal, que, de forma espontânea aconteceram na 1ª guerra mundial, entre as linhas alemãs e inglesas.


Por um breve período de tempo, a imaginação dos Homens tornou-se realidade. Tornou-se no sonho da paz e não no pesadelo da guerra.

É costume dizer que o Natal é quando o Homem quiser.

Imaginamos então que, 26 de Dezembro ainda é Natal e que o dia 27, 28, 29 e, por ai fora, serão também Natal.

Imaginemos que a religião será uma fonte de paz e não de desunião.

Imaginemos que a riqueza de uns não será sinonimo de pobreza de outros.

Imaginemos que conseguimos viver todos nesta Terra, até porque não temos outra e, que eu saiba, ainda não é possível viver na Lua.

Imaginar é sonhar e sonhar faz com que se construa pontes para ligar margens, escadas para subir depois um degrau de cada vez.

Cada um terá que fazer a sua parte. O juntar de pequenos gestos, pequenos contributos, fará um grande gesto.

Não é preciso sermos iguais mas é necessário aceitar que somos diferentes.


Imaginemos… que é possível.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

domingo, 19 de outubro de 2014

Aniversário do Lançamento do livro Crise na Primeira Pessoa

Pedro Marques
Faz hoje um ano que foi o lançamento do meu livro “Crise na Primeira Pessoa”.

Faz hoje um ano que eu estive na companhia de amigos que tiveram a gentileza de comparecer numa livraria em Lisboa e faz hoje um ano sobre uma data que será para sempre um marco na minha vida.

Passado um ano, o que mudou e o que aconteceu?

Aconteceram coisas boas e coisas menos boas, como a todas as pessoas.

Como todas as pessoas, contínuo a construir um caminho que na maioria das vezes tem curvas, algumas sinuosas, montes e vales.

Contínuo a caminhar para algo que desconheço tentando ter uma segurança que na realidade não sinto.

Com isto não quero dizer que não tenho esperança mas também não escondo o receio e a incerteza.

Afinal, não é isto a vida?

Por isso, caminhando, subindo os degraus, escorregando e caindo, levantando-me e continuando.

Infelizmente, não existe um GPS que indique o caminho mais curto e seguro para o bem-estar.

Ainda tem que ser feito à moda antiga. Olhando para o que nos rodeia, vendo as feições das pessoas, falando com elas e tendo a esperança que as estrelas não nos vão enganar nem vão troçar de nós nas opções e decisões que tomamos e iremos tomar.


Quanto a futuros livros, tenho duas ideias estruturadas. Quem sabe, um dia passem do pensamento às palavras. Assim, as estrelas e o destino o queiram. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Contagem decrescente

Se alguém me dissesse, há um ano e meio atrás, quando comecei a minha atividade por conta própria como consultor, formador e auditor de Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, que iria dar uma formação sobre auditorias a Luanda em Angola, eu diria que a probabilidade desse acontecimento seria diminuta.

Pois bem, às vezes as pequenas possibilidades acontecem.

Vou dar o curso em Luanda na próxima semana.

Como as ligações aéreas obrigam-me a ir via Dubai, vou estar durante 24 horas em três países e três continentes, embora a parte do País seja relativa porque no Dubai não vou sair do aeroporto.

Vai ser uma viagem longa mas como gosto de viajar e vou estar onde nunca estive, estou com uma grande expetativa. Além disso, dar uma formação fora de Portugal, é aliciante.

Realmente, a vida é uma caixa cheia de surpresas, às vezes agradáveis e outras vezes, nem por isso. Esta é sem dúvida uma excelente vivência para recordar.

Não é a primeira vez que a minha atividade profissional proporciona boas e relevantes experiências.

O ter voltado à Universidade Europeia em 2013 para lecionar unidades curriculares relacionadas com Sistemas de Gestão foi também um momento especial.

Enfim, continuarei a esperar ser surpreendido e a dar o meu contributo para que tal aconteça.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Perfect Day

Não são precisas mais palavras. Basta ouvir. Basta escutar!


Scala & Kolacny Brothers é um coro feminino belga, conduzido por Stijn Kolacny e acompanhado por Steven Kolacny ao piano.

"Perfect Day" é um “couver”de Lou Reed.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Há dias assim

A passada sexta-feira foi um excelente dia.

Começou de uma forma normal. Sonolenta e calma.

De repente, o telemóvel toca. Um telefonema inesperado de um colega que já não via há algum tempo.

Marcamos um café para essa manhã.

Trocamos ideias, impressões.

Falamos sobre o meu livro que ele ainda não teve a oportunidade de ler.

Prometeu-me dizer depois a sua opinião.

À tarde, recebi outro telefonema de outro amigo, que convidou-me para ver o concerto no Campo Pequeno GOD SAVE THE QUEEN / DSR - SHOW MUST GO ON, banda de tributo aos Queen.

Foi um excelente concerto e uma forma de recordar grandes músicas.

Há dias assim. Inesperados e bons e é por serem inesperados, que são fantásticos.

Como os Queen dizem numa das suas músicas mais conhecidas:

We are the champions, my friends
And we'll keep on fighting.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um pequeno papel em formato quadricular

No âmbito da minha atividade profissional, realizo prestações de serviços em diversas organizações como trabalhador independente, o chamado recibo verde.

Na última visita de trabalho que realizei a uma dessas instituições, fui surpreendido por uma pessoa que me estava a receber com a seguinte pergunta:

- Já tem os cartões?

Respondi que desconhecia a que se estava a referir.

A Senhora respondeu-me, de uma forma educada e normal, que se estava a referir aos “cartões” e, ao mesmo tempo, colocou à minha frente cartões de visita com o logotipo da organização e o meu nome.

Não posso deixar de referir que senti orgulho.

Não faço parte dos quadros daquela organização, mas aquela organização considera o meu trabalho importante ao ponto de mandar fazer cartões de visita.

O meu ego aumentou e eu fiquei reconhecido pelo gesto e pelo espírito de equipa demonstrado.

Um pequeno gesto simbolizado num pequeno papel em formato quadricular teve uma força que eu não teria imaginado.

São com pequenos gestos que se constroem grandes coisas (e grandes equipas).

sábado, 19 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O destino não conhece a linha reta

Hoje faço anos mas não são anos de aniversário.

Faz hoje exatamente um ano em que comecei a minha atividade como consultor, formador e auditor de Sistemas de Gestão por conta própria, o vulgarmente chamado “trabalhador independente”.

Foi uma sensação curiosa. Olhei para o canto inferior direito do computador e lá vi a data – 3 de Abril.

Esta data representa para mim uma decisão que não foi fácil de tomar.

Representa uma opção em função do mundo que nos rodeia e das circunstâncias que existem.

Foi uma decisão refletida em função dos diversos caminhos que existiam.

Estava num cruzamento e era necessário tomar uma decisão, escolher um caminho.

É costume, nestas alturas, fazer balanços e o meu é o seguinte:

Não sei qual vai ser o desenvolvimento desta situação e claro, como mais ou menos todas as pessoas, umas mais e outras menos, tenho receio (a palavra é mesmo “medo”) do futuro.

Sabia no entanto que tinha que reagir e… reagi.

Sabia que tinha que lutar e… continuo a lutar.

Sabia que tinha que tentar e… continuo a tentar.

Sabia que não podia ficar à espera e parado e… não fiquei.

Fiz um “site”, dois blogues, escrevi um livro que foi publicado, voltei a dar aulas na Universidade, conheci pessoas, fiz contatos e conto fazer mais.

Também sei que nem todos os dias são fáceis. Também sei que é preciso ter paciência

No entanto, isto não é uma corrida de 100 metros. É uma maratona.

Por isso, sim, alcancei muito neste ano. Alcancei realizações pessoais que de outra forma não aconteceriam.

Se é suficiente? Claro que não.

Se estou satisfeito? Ainda menos.

Mas foram apenas 365 dias de um novo mundo que precisa de ser descoberto e construído.

Como José Saramago referiu no seu livro “Cadernos de Lanzarote (1994)”:

O destino, isso a que damos o nome de destino, como todas as coisas deste mundo, não conhece a linha reta. O nosso grande engano, devido ao costume que temos de tudo explicar retrospetivamente em função de um resultado final, portanto conhecido, é imaginar o destino como uma flecha apontada diretamente a um alvo que, por assim dizer, a estivesse esperando desde o princípio, sem se mover. Ora, pelo contrário, o destino hesita muitíssimo, tem dúvidas, leva tempo a decidir-se.

Conforme refiro no meu livro “Crise na Primeira Pessoa (2013)”, quero um dia ter a serenidade de ser capaz de sorrir sobre tudo isto.

Estou a fazer por isso.

terça-feira, 25 de março de 2014

Passado, Presente e Futuro

O passado não é para ser esquecido porque parte do nosso presente resulta desse passado.

No entanto deve ser encarado na sua essência, como passado.

Cabe a cada um de nós escrevermos o presente que será o passado do nosso futuro.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Livro "Crise na Primeira Pessoa"

E já passou quase três meses sobre o lançamento do meu livro "Crise na Primeira Pessoa", editado pela Chiado Editora.

A todos que tiveram a simpatia de lerem o livro e também aos que trocaram impressões comigo, obrigado pelo apoio.


Pedro Marques
Sessão de Lançamento do livro "Crise na Primeira Pessoa"